sexta-feira, 6 de maio de 2011

Maio: mês de Maria


É um convite para voltarmos nosso olhar a esta Mãe

As referências dos Evangelhos e do Atos dos Apóstolos a Maria, Mãe de Jesus, apesar de poucas, deixam ver muito desta privilegiada criatura, escolhida para tão alta missão. São Paulo, na Carta aos Gálatas (4,4), dá a entender claramente que, no pensamento divino de nos enviar o Seu Filho, quando os tempos estivessem maduros, uma Mulher era predestinada a no-Lo dar. Para que se compreenda a presença da Virgem Maria nesta predestinação divina, a Igreja, na festa de 8 de dezembro, aplica à Mãe de Deus aquilo que o livro dos Provérbios (8, 22) diz da sabedoria eterna: "Os abismos não existiam e eu já tinha sido concebida. Nem fontes das águas haviam brotado nem as montanhas se tinham solidificado e eu já fora gerada. Quando se firmavam os céus e se traçava a abóboda por sobre os abismos, lá eu estava junto dele e era seu encanto todos os dias". Era, pois, a predestinada nos planos divinos.

Para se perceber melhor o perfil materno de Nossa Senhora, três passagens bíblicas podem esclarecer isso. A primeira é a das Bodas de Caná, que realça a intercessora. Quando percebeu – o olhar feminino que tudo vê e tudo observa – estar faltando vinho, sussurra no ouvido do Filho sua preocupação e obtém, quase sem pedir, apenas sugerindo, o milagre da transformação da água em generoso vinho. Ela é, de fato, a mãe que se interessa pelos filhos de Deus que são seus filhos.

Outra passagem do Evangelho esclarecedora da personalidade de Maria é a que nos mostra seu silêncio e sua humildade. O anjo a encontra na quietude de sua casa, rezando, para dizer-lhe que fora escolhida por Deus para dar ao mundo o Emanuel, o Salvador. Ela se assusta com a mensagem celeste, porque, na sua humildade, nunca poderia ter pensado em ser escolhida do Altíssimo. Acolhe assim, por vontade divina, a palavra do mensageiro, silenciosamente, sem dizer, nem sequer ao noivo, José, o que nela se realizava. Deus tem o direito de escolher e por isso ela diz apenas o generoso “sim” que a tornou Mãe de Deus.

O terceiro traço de Maria-Mãe é sua corajosa atitude diante do sofrimento. Ao apresentar o seu Jesus no templo, ouve a assustadora profecia do velho Simeão: “Uma espada de dor transpassará a tua alma”. Pouco mais tarde, estreitando ao peito o Menino Jesus, deve fugir para o Egito com o esposo, para que a crueldade de Herodes não atingisse a Criança que – pensava ele, Herodes – lhe poderia roubar o trono. Quando seu Filho tem doze anos, desencontra-se dele e, ao achá-Lo após três dias, queixa-se amorosamente: “Por que fizeste isto? Eu e teu pai te procurávamos, aflitos”. Sua coragem se confirma na Paixão e Crucifixão de Jesus. De pé, ali no Calvário, sofre e associa-se ao sacrifício do Redentor. É a mulher forte, a mãe corajosa e firme, a quem a dor não derruba. De fato, a espada de Simeão lhe atravessara a alma e o coração. É a Senhora das Dores.

Maio, mês dedicado a Nossa Senhora, pela piedade cristã, é um convite para voltarmos nosso olhar a esta Mãe querida para pedir-lhe que abra as mãos maternas em bênção de carinho sobre nossos passos nesta difícil escalada da Jerusalém celeste.

Dom Benedicto de Ulhoa Vieira
Arcebispo Emérito de Uberaba - MG

terça-feira, 12 de abril de 2011

Eucaristia e confissão, armas contra a tentação


Uma grande tentação é não fazer a vontade de Deus

Tua Palavra, Senhor, é mais penetrante que uma espada de dois gumes. Toca-nos, agora, Senhor, para que Tua Palavra possa trazer a vitória sobre qualquer espírito mau que queira nos enganar.

Eu acho que todos devem saber o que os romanos faziam quando derrotavam um império ou um general. O vencedor entrava de forma triunfante em Roma. E em meio àquela entrada triunfal, o general era aplaudido e louvado. E o general derrotado era amarrado à carruagem do vencedor. E isso era o máximo de humilhação para quem que havia sido derrotado.

Se olharmos Colossenses, veremos que São Paulo usa esse mesmo fato para falar da derrota do inimigo de Deus. Já foi dito várias vezes que o demônio já foi derrotado. Não precisamos temer nada. É verdade que o maligno é como um leão que ruge à nossa volta, tentando achar uma brecha e nos devorar. Mas por que ele continua a entrar nesse campo de batalha, uma vez que já foi derrotado? A intenção dele é diminuir a força do reinado de Jesus. Satanás continua a tentar enfraquecer aqueles filhos e filhas de Deus que fazem parte do Reino de Deus. E a experiência de muitos é esta: "Por que depois que comecei a seguir Jesus tenho mais tentações, me sinto mais oprimido que antes e tenho mais crises?"

Muitas pessoas, muitos cristãos, uma vez que tomam a decisão de seguir ao Senhor pensam que vão ter uma vida mais tranquila. Mas a verdade é o contrário, pois o demônio não tem interesse em atacar os que não são seguidores de Jesus. O interesse dele é colocar obstáculos na vida daqueles que decidiram seguir o Senhor. Os cristãos são as pessoas mais atacadas. Até os santos foram perseguidos.

Seguir Jesus, num momento de entusiasmo, é fácil, mas continuar O seguindo nos momentos de sofrimento é difícil. Mas existe uma coisa, uma técnica que freqüentemente o demônio usa para nos atacar: o desânimo, o desencorajamento. O inimigo de Deus virá tentá-lo quando você estiver se sentindo fraco, cheio de medos, com raiva, ansioso e triste. Ele é como um rato dentro em um duto. Você não o vê. Ele age durante à noite, esconde-se sem que ninguém o veja. Mas se você derramar uma chaleira de água quente lá onde ele está, ele vai ter de sair do buraco. Quanto mais louvamos a Deus, tanto mais o maligno não consegue suportar isso e foge.

O desânimo não vem de Deus, sempre vem do inimigo, daquele que nos faz desistir de seguir em frente.

Não temos por que temer o diabo, pois ele já foi derrotado. Ele é que tem de ter medo de você e de mim! A razão para isso é simples: nós somos filhos e filhas de Deus, herdeiros do Reino de Altíssimo. O maligno tem muita raiva, porque aquilo que foi dado a ele uma vez, agora é dado para nós. Ele tem raiva e ódio de nós por causa disso. Ele odeia a cada um de nós. E faz tudo para nos enganar, para que voltemos desencorajados e desanimados. Ele tenta nos enganar de várias maneiras.

É nosso papel lutar contra essas táticas que inimigo de Deus utiliza para nos desanimar. Outra tática usada por ele é nos apresentar meias verdades, porque o demônio é um mentiroso, enganador, trapaceiro. Ele nos apresenta algo que parece muito bom, quando, na verdade, é muito ruim.

O maligno diz que, por causa dos seus pecados, você não consegue fazer nenhuma tentativa para ser mais santo. E faz de tudo para que nós saiamos do caminho da vontade do Senhor. Muitas vezes, nós pensamos que tentações são apenas relacionadas ao sexo, à raiva, a sentimentos de ódio e vingança. Essas são grandes tentações. Mas temos de estar atentos a uma grande tentação que é não fazer a vontade de Deus. Ele ousou tentar Jesus a desobedecer ao Pai, quando O levou ao alto do monte e mostrou-Lhe as cidades, dizendo-Lhe que elas pertenciam a Ele.

Irmãos e irmãs, será uma luta até o fim de nossa vida, mas se nós usarmos as armas certas não precisaremos ter medo nenhum. A primeira arma é a Eucaristia. O inimigo treme diante do Corpo de Cristo, porque é sinal de humildade, enquanto ele luta para ter poder. Jesus Cristo quis, por um momento, aniquilar a Si mesmo, entrando nas espécies do pão e do vinho para ficar perto de nós. Uma outra arma forte contra o maligno é o sacramento da confissão, que é mais poderoso do que a própria oração do exorcismo.

Frei Elias Vella

Formação

Canção nova.com

sexta-feira, 25 de março de 2011

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011

Quaresma é tempo de escuta da Palavra, de oração, de jejum e da prática da caridade como caminho de conversão, tendo como horizonte a celebração do Mistério Pascal de nosso Senhor Jesus Cristo. E somos convidados a aproveitar esse tempo de graça, valorizando os canais pelos quais esta se comunica: a oração, a participação nos sacramentos da penitência e da eucaristia, as práticas devocionais deste período, de modo especial a Via Sacra e o Santo Rosário. No mundo em que vivemos, somos diariamente interpelados por tantos rostos sofredores, que clamam por nossa solidariedade. A Igreja samaritana não pode passar adiante, na presença de tantos irmãos e irmãs que dela esperam acolhida fraterna, ombro amigo, mãos generosas, que os ajude em sua caminhada para o Pai. A Campanha da Fraternidade é um excelente auxílio para bem vivermos a Quaresma. Com sua metodologia característica do Ver – Julgar – Agir, baseada, a cada ano, num Tema e num Lema, a Campanha da Fraternidade nos oferece uma ótima oportunidade para superarmos qualquer dicotomia entre fé e vida. Este ano, a CNBB propõe que todas as pessoas de boa vontade olhem para a natureza e percebam como as mãos humanas estão contribuindo para o fenômeno do aquecimento global e as mudanças climáticas, com sérias ameaças para a vida em geral, e a vida humana em especial, sobretudo a dos mais pobres e vulneráveis. É nesse contexto que a CNBB propõe para 2011, a Campanha da Fraternidade com o tema “Fraternidade e a vida no planeta”, e como lema “A criação geme em dores de parto (Rm 8,22)”. Na medida em que cada cristão ou cristã for capaz de vivenciar seriamente o próprio batismo, sua conversão diária não será mais mera questão de retórica, mas será uma dimensão permanente em sua vida. Que o Senhor da Vida nos abençoe a todos em nossa caminhada quaresmal, e mais ainda, em nossa marcha diuturna, na direção do Reino que nos foi preparado antes da fundação do mundo (cf. Ef 1). Associados à morte de Cristo pelo Batismo, nós o seremos, também, na sua ressurreição. E Deus será tudo em todos.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Quaresma: façamos juntos esse caminho


O centro de nossa fé cristã é o Mistério Pascal, a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Para vivenciarmos de forma mais concreta e plena essa realidade, nossa Mãe Igreja nos oferece um tempo privilegiado de preparação, a Quaresma. Neste mês de março, a partir do dia 9, Quarta-feira de Cinzas, somos convocados pela Igreja para percorrer um caminho em direção de um conhecimento mais profundo da Pessoa de Jesus.

Neste tempo quaresmal, temos a oportunidade de avançar em uma intimidade maior com o Senhor. Digo avançarmos, porque a cada ano a Igreja não nos propõe um repetitivo exercício espiritual que nos permita dizer: "De novo estamos na Quaresma", como, se neste ano, você fosse viver da mesma forma que os outros anos. Não! Definitivamente estamos diante de uma nova oportunidade de, conhecendo mais a Pessoa de Cristo, nos esforçarmos de maneira decidida para correspondermos a Seu grande amor por nós, que chegou a ponto de se entregar por nós em uma cruz.

A Igreja nos propõe o Jejum como uma das inúmeras formas para vivenciarmos bem este tempo de crescimento e conversão. Contudo, ele em nada pode ser comparado com um regime alimentar ou com um tempo em que passamos fome. Explico de forma bem simples o que é o jejum e as várias maneiras possíveis de fazê-lo em um pequeno livrinho de minha autoria: "Práticas de Jejum", da Editora Canção Nova. Essa prática nos ajuda a crescer em disciplina e nos dispõe para a oração.

A correspondência ao amor de Jesus Cristo nos compromete com Ele e também com os irmãos. Dessa forma, este tempo de conversão nos coloca a percorrer um caminho de crescimento individual-espiritual, lado a lado com um caminho de crescimento fraterno-social. Uma Quaresma bem vivida toca e transforma essas duas realidades, sempre nos conduzindo a uma conformação com a vida de Jesus Cristo.

Por fim, o objetivo maior que almejamos alcançar nesse período quaresmal não é outro senão uma vida mais santa. Convido vocês, meus irmãos e minhas irmãs, companheiros de missão, a se esforçarem para não ser desclassificados nessa caminhada rumo à santidade. Nossa caminhada se inicia com a Quaresma, nosso percurso é a própria vida de Jesus Cristo e nossa meta final é o Céu. Queremos neste mês, com nossa evangelização, alcançar o máximo de pessoas para que ninguém fique desclassificado pelo meio do caminho. Conto com sua ajuda e esforço pessoal. Juntos estaremos nos preparando para celebrar bem o Mistério da Ressurreição do Senhor que coroa este tempo forte de oração.

“Concedei-nos, ó Deus onipotente que, ao longo desta Quaresma, possamos progredir
no conhecimento de Jesus Cristo e corresponder a seu amor por uma vida santa.”
(Oração do dia do Primeiro Domingo da Quaresma).

MONSENHOR JONAS ABIB
Fundador da Comunidade Canção Nova

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Conheça o Significado da Quaresma


Por que a Igreja utiliza a cor roxa nesse tempo?

Chama-se Quaresma os 40 dias de jejum e penitência que precedem à festa da Páscoa. Essa preparação existe desde o tempo dos Apóstolos, que limitaram sua duração a 40 dias, em memória do jejum de Jesus Cristo no deserto. Durante esse tempo a Igreja veste seus ministros com paramentos de cor roxa e suprime os cânticos de alegria: O "Glória", o "Aleluia" e o "Te Deum".

Na Quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da Semana Santa, os católicos realizam a preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão, a conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Nesse tempo santo, a Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade.

Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa.


Assim, retomando questões espirituais, simbolicamente o cristão está renascendo, como Cristo.

Por que a cor roxa?
A cor litúrgica deste tempo é o roxo que simboliza a penitência e a contrição. Usa-se no tempo da Quaresma e do Advento.

Nesta época do ano, os campos se enfeitam de flores roxas e róseas das quaresmeiras. Antigamente, era costume cobrir também de roxo as imagens nas igrejas. Na nossa cultura, o roxo lembra tristeza e dor. Isto porque na Quaresma celebramos a Paixão de Cristo: na Via-Sacra contemplamos Jesus a caminho do Calvário

Qual o significado destes 40 dias?
Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na terra, suas provações e dificuldades. Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia. Nela, é relatada as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito, entre outras.

Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer.

O Jejum

A igreja propõe o jejum principalmente como forma de sacrifício, mas também como uma maneira de educar-se, de ir percebendo que, o que o ser humano mais necessita é de Deus. Desta forma se justifica as demais abstinências, elas têm a mesma função. Oficialmente, o jejum deve ser feito pelos cristãos batizados, na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa.

Pela lei da igreja, o jejum é obrigatório nesses dois dias para pessoas entre 18 e 60 anos. Porém, podem ser substituídos por outros dias na medida da necessidade individual de cada fiel, e também praticados por crianças e idosos de acordo com suas disponibilidades.

O jejum, assim como todas as penitências, é visto pela igreja como uma forma de educação no sentido de se privar de algo e reverte-lo em serviços de amor, em práticas de caridade. Os sacrifícios, que podem ser escolhidos livremente, por exemplo: um jovem deixa de mascar chicletes por um mês, e o valor que gastaria nos doces é usado para o bem de alguém necessitado.

Qual é a relação entre Campanha da Fraternidade e a Quaresma?
A Campanha da Fraternidade é um instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão e renovação interior a partir da realização da ação comunitária, que para os católicos, é a verdadeira penitência que Deus quer em preparação da Páscoa. Ela ajuda na tarefa de colocar em prática a caridade e ajuda ao próximo. É um modo criativo de concretizar o exercício pastoral de conjunto, visando a transformação das injustiças sociais.

Desta forma, a Campanha da Fraternidade é a maneira que a Igreja no Brasil celebra a quaresma em preparação à Páscoa. Ela dá ao tempo quaresmal uma dimensão histórica, humana, encarnada e principalmente comprometida com as questões específicas de nosso povo, como atividade essencial ligada à Páscoa do Senhor.

Quais são os rituais e tradições associados com este tempo?
As celebrações têm início no Domingo de Ramos, ele significa a entrada triunfal de Jesus, o começo da semana santa. Os ramos simbolizam a vida do Senhor, ou seja, Domingo de Ramos é entrar na Semana Santa para relembrar aquele momento.

Depois, celebra-se a Ceia do Senhor, realizada na quinta-feira Santa, conhecida também como o lava pés. Ela celebra Jesus criando a eucaristia, a entrega de Jesus e, portanto, o resgate dos pecadores.

Depois, vem a missa da Sexta-feira da paixão, também conhecida como Sexta-feira Santa, que celebra a morte do Senhor, às 15h00. Na sexta à noite geralmente é feita uma procissão ou ainda a Via Sacra, que seria a repetição das 14 passagens da vida de Jesus.


No sábado à noite, o Sábado de Aleluia, é celebrada a Vigília Pascal, também conhecida como a Missa do Fogo. Nela o Círio Pascal é acesso, resultando as cinzas. O significado das cinzas é que do pó viemos e para o pó voltaremos, sinal de conversão e de que nada somos sem Deus. Um símbolo da renovação de um ciclo. Os rituais se encerram no Domingo, data da ressurreição de Cristo, com a Missa da Páscoa, que celebra o Cristo vivo.

CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

http://www.cancaonova.com

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Sobre o Matrimônio.... Padre Léo


Um ídolo terrível que mina o matrimônio de dentro para fora - é o prazer.

Imagine o que é o ídolo do prazer quando fundamentado no ídolo do ter e do poder: – (o egoísmo) é o meu prazer!

É terrível ver os estragos, as desgraças que o demônio está fazendo no campo da sexualidade.

Pelos órgãos genitais, (gêneses, que quer dizer vida, sagrado), o ser humano é chamado a participar com Deus da criação da Vida, a reproduzir Deus!

O demônio quer colocar a mão dele exatamente ali, para aporcalhar a sexualidade, aporcalhar a genitalidade, e também por isso aqueles apelidos horrorosos que não dá de pronunciar de tão feio e pavoroso que é.

Então você passa a ter uma mentalidade aporcalhada, e começa com a nossas crianças, nossos idosos que sofrem as marcas sujas, medonhas, prostituídas que o demônio consegue colocar dentro de nós.

Os santos que tiveram a graça de verem o céu e o inferno, afirmam nas suas memórias que as almas mais deformadas, mais terríveis do inferno, foram almas de pessoas carcomidas pelo pecado da prostituição e da pornografia.

Por que são tão graves os pecados ligados a sexualidade? Porque o demônio consegue colocar a mão dele exatamente naquilo que o ser humano é chamado a ser parceiro de Deus. É sacramento. O marido e a mulher

quando se unem numa relação íntima, estão reproduzindo Deus no próprio ato, mesmo que esse ato pela idade, pelo ciclo, etc., não venham ter filho, eles estão reproduzindo Deus nessa união, uma união que cura, por ser um grande momento.

É difícil saber que casais vão para o computador e ficam visitando sites pornográficos.

Na Inglaterra tem um levantamento recente de que 30% daqueles casais que pediram o divórcio nos últimos tempos colocam como causa a internet por estarem viciados em pornografia na rede. Veja o que o ser humano é capaz. Por quê?

A imagem entra no seu olho e oferece um vício, do mesmo jeito que se vicia em droga, do mesmo jeito que se vicia em maconha, em cocaína em álcool em cigarro. Muito pior ainda, porque é por dentro, o corpo torna-se o desencadeador.

O inconsciente não sabe a diferença de algo real e imaginário. Para o inconsciente se aquilo é algo que está na revista, no filme, e você fez ou viu, não muda nada.

Por isso que a criança carrega traumas. Mais uma coisa que o inconsciente não tem domínio é do tempo:

- passado e presente, pra ele é tudo uma coisa só, então quando a pessoa começa ver revistas pornográficas e eróticas, quando começa a ver imagem dessas na internet, aquilo entra pela vista e vai para o inconsciente e ali fica gravado.

Então começa o processo vicioso, eu sinto a vontade de ver novamente, e com isso vou alimentando o vício porque de fato ele se torna um vicio uma necessidade, e sentindo a necessidade de ver novas imagens é o que acontece com outros vícios, a pessoa precisa ir aumentando a dose, daí ela vai querendo ver novas fotos e depois fotos animadas e passa para os filmes. No começo são filmes eróticos ou filmes de amor, bonitos que falam da sexualidade de um jeito suave, depois precisa ver pornografia, aberração e como o inconsciente não sabe discernir o real do imaginário aquilo que ele vê ele começa ter a necessidade de satisfazer aquelas aberrações sexuais, que tem levado tantas pessoas pro inferno já em vida.

E quantas e quantas pessoas já entram nisso?

O drama da pedofilia que a impressa nos traz, das trocas de casais, do sexo chamado livre das variações e aberrações sexuais, veja o que o demônio consegue fazer? Transformar o carimbo humano da graça de Deus numa fonte de desgraça.


Temos e devemos pedir a Deus pra que nos dê a graça de redescobrirmos e de percebermos que a sexualidade e o matrimônio é sagrado, é santo. Nós iremos salvar nossos filhos salvando a nossa sexualidade, nossa afetividade desses estragos que o demônio fez.


Pe. Léo, Um Homem de DEUS!